Sintomas respiratórios: unidades de saúde no ES têm aumento de até 80% no atendimento a crianças

Sintomas respiratórios: unidades de saúde no ES têm aumento de até 80% no atendimento a crianças

Aquele friozinho típico do outono ainda não chegou para valer, mas os capixabas já começam a sentir os efeitos da mudança de estação. E um desses efeitos se reflete no aumento do atendimento de pessoas com sintomas respiratórios nas unidades de saúde, especialmente crianças e idosos.

Na Grande Vitória, o número de crianças atendidas com esse tipo de sintomas cresceu significativamente nos últimos meses, segundo as prefeituras. Só na Serra, esse aumento ultrapassou os 80%. Já em Vila Velha, ficou em torno de 40%.

“Nós reforçamos todas as escalas, tanto da clínica médica quanto na pediatria. Não temos um volume de atendimento que justifique uma grande espera da população. Estamos em torno de uma hora e 15 minutos na espera, tanto na pediatria quanto na clínica médica”, frisou a secretária de Saúde de Vila Velha, Cátia Lisboa.

A Prefeitura de Cariacica informou que o número de atendimentos aumentou significativamente nos Prontos Atendimentos do Trevo de Alto Lage, Bela Vista, Flexal e Nova Rosa da Penha, mas não informou de quanto foi esse aumento.

Já a Prefeitura de Vitória informou que as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças e adolescentes estão estáveis nos serviços de saúde da Capital.

A médica pneumologista Jessica Polese explica que as crianças e os idosos são os mais sensíveis às mudanças nos termômetros e, por isso, tendem a buscar mais atendimento médico.

“Quem pode desenvolver complicações é o público que a gente acha mais perigoso, que são os pacientes pneumopatas. Os pacientes que são muito jovens — os bebês, as crianças pequenas — e os idosos, que já têm outras doenças juntas, que dificultam o quadro todo”, destacou a especialista, que alertou para o risco do prolongamento dos sintomas.

“No geral, um resfriado comum dura de três a cinco dias. Passou desse período e se ainda estiver com catarro ou algum sintoma, ele realmente precisa procurar um atendimento, porque fugiu daquele período, e a coisa pode estar entrando numa outra situação”, completou.

Mães procuram atendimento em unidades de saúde

Quem precisou procurar atendimento médico para o filho foi a atendente Liziane Macário Santos. Ela conta que o pequeno Natan, de 2 anos, não acordou bem. Preocupada, ela foi até o Pronto Atendimento da Glória, em Vila Velha, uma das unidades que mais registraram aumento no movimento, segundo a prefeitura.

“O Natan começou com uma crise muito forte de gripe, acompanhada por tosse, ronquidão no peito e muita falta de ar. Foi um dos motivos que eu vim procurar atendimento aqui no PA”, disse.

Quem também esteve na unidade, nesta sexta-feira (6), foi a vendedora Elaine Moreira de Paula, que levou a filha Lais, de 6 anos. Ela conta que a menina passou por duas consultas nas últimas duas semanas, e que a tosse persistente preocupou.